Fátima retornou ao apartamento mais derrotada do que antes. Cada passo era arrastado, o olhar vazio. No celular seu pai perguntando onde ela estava, seu irmão não querendo falar direto sobre sua ausência, perguntava se ela ia ao o evento de caridade que ia tomar lugar, como se alguma vez tivesse tomado interesse por eventos sócias e networking. Sua mãe a avisando para não ir ao casamento de sua prima, pois seria embaraçoso não estar lá com seu marido, e lamentando-se de como ela ia passar vergonha se as pessoas perguntassem. O silêncio do espaço de luxo que antes compartilhava com Yahya agora parecia zombar dela. Estava sozinha, não no espaço, mas no mundo.
As palavras daquela mulher do conselho islâmico ainda ressoavam em sua mente:
“Isso é haram. É prostituição.”
Ela não queria acreditar. “Não é isso. Não é…”, murmurava para si mesma como um mantra inútil. Mas a dúvida se infiltrava e se enraizava nela cada vez mais. Sua cabeça dizia que era loucura, mas o coração, insubmisso, gritav