Elias sentiu o lado da cama vazio e respirou fundo. Ainda com os olhos fechados, pensava que tinha de se habituar àquilo. O tempo parecia correr de encontro ao fim daquele contrato. Ela podia fazer aquela situação menos mal, e ficar longe de Yahya.
Sentiu o cheiro que invadia o quarto, um cheiro diferente, de pequeno-almoço pela manhã. A casa dele não cheirava normalmente a comida. Abriu os olhos e olhou para o sofá no quarto, onde ainda se encontrava a bolsa de Fátima. Levantou, surpreso por ela não ter feito uma saída à francesa. Saiu somente com as suas calças de pijama, devagar, para não chamar a atenção dela. Queria degustar da presença dela sem que ela se apercebesse.
— Auuu, au, au — ouviu a mulher reclamar em silêncio e sacudia a sua mão em aflição. Resolveu sair do seu esconderijo para a socorrer.
— O que aconteceu? — Ele perguntou, preocupado, mesmo assim com a expressão serena.
— Queimei, mas já vai passar — Fátima disse ainda agoniada, segurando a mão com a outra.
Elias ape