— Você gosta muito, né?
Eu assenti.
— Nós iremos lá algum dia. Ela disse de repente. — Nós iremos só nós duas e nos divertiremos muito. Faremos isso sem esses bastardos por perto.
Meus olhos se arregalaram.
— Você está falando sério, mãe?
— Sim.
A ideia de sair de casa e poder conhecer um lugar cheio de luzes e magia me emocionou tanto que abracei a minha mãe.
— Obrigada, mamãe. Sorri para ela. — Obrigado.
Ela continuou me observando e de repente disse: desculpe, Xandra. Ela tocou meu rosto. — Sinto muito que você tenha tido que nascer em um lugar como este, com uma mãe como eu.
Os seus olhos se encheram de lágrimas e naquele dia eu soube que, mesmo que ela às vezes fosse má com os outros e até comigo, no fundo, simplesmente assim, havia uma mulher capaz de amar à sua maneira.
Uma mulher que vi apenas uma vez, quando tinha oito anos, mas por quem passei a vida inteira desejando e implorando.
— Eu te amo, mãe. Eu disse a ela naquela noite. — Não importa, não fique triste, eu te amo com