Estendi a mão para ele e senti a irritação me envolver fortemente, porque eu odiava que ele sempre tivesse esse mesmo tipo de poder sobre mim.
— Você não vai morar aqui.
Ele se virou e olhou para mim.
— Não? Segundo quem?
— Eu. Senti um rubor tomar conta das minhas bochechas, mas não de vergonha, mas de raiva.
— Eu não sigo as suas ordens. Ele disse calmamente, e quase vi algum tipo de brilho de ódio em seu olhar outonal.
— Bem, eu também não sigo as suas! Exclamei. — Você não é meu pai!
Por alguns longos segundos, os nossos olhares se encontraram, o meu peito subindo e descendo pesadamente, antes que ele simplesmente dissesse em voz baixa e muito firme: ah, acredite em mim, Alexandra. Eu sei muito bem que não sou seu pai. Os seus olhos percorreram meu rosto. — Tenho isso bem claro.
Não tive muita certeza do que ouvi em sua voz, mas isso me fez tremer e sentir arrepios ao mesmo tempo, pois algo quente e ardente começou a ganhar vida em meu estômago.
— Você é rude. Sussurrei, tentando