Adam Cameron
Megan estava rindo à toa, apoiada na parede da cozinha, com o copo vazio pendendo da mão.
Depois do beijo — aquele beijo que ainda fazia minha cabeça girar — ela começou a beber mais do que o normal. Como se quisesse apagar o que sentiu. Ou esconder.
Mas não dava para fingir.
Dava para ver no brilho dos olhos dela, no jeito como me olhava de canto, tentando manter o controle... e falhando miseravelmente.
Quando a música começou a ficar mais lenta e a galera dispersou, ela escorregou do sofá, quase caiu, e foi quando percebi que não dava mais para deixá-la ali.
— Vamos, quatro olhos — murmurei, segurando sua cintura. — Hora de ir para casa.
— Uuuh, está me chamando para dormir com você, Adam Camarão? — ela riu, tropeçando no próprio pé.
— Cameron, Megan. Pelo amor de Deus.
Ela gargalhou de novo e se apoiou em mim.
Enquanto a levava para o carro, sentada com a cabeça tombando para o lado, ela murmurava coisas descon