29. Ponto Cego

— Tá linda meu amor! — disse tia Margarida ajustando o meu coque.

— O que? Não, tia, não aperta… — comecei a dar risada afastando a mão dela — É um coque frouxo.

— Ah, desculpe! — disse ela escondendo o sorriso com a mão — Pensei que tivesse se soltando.

— Chegue mais perto minha filha. — pediu minha mãe e eu me aproximei, abaixando para ficar na altura dela que estava sentada no sofá — Tu tá de maquiagem, é Lis?

— Tô sim mainha.

— Mas isso é maquiagem demais. Uma moça decente...

— Mainha! — interrompi.

— Deixa a garota Rosa!

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