🖤 BASHIR

O almoço correu tranquilo. Como sempre, Zahir tinha ótimos empregados; mesmo com os gêmeos chorando, Ali correndo como um furacão pela casa, e Sophia lidando com tudo ao mesmo tempo, a cobertura continuava impecável. O aroma da comida era maravilhoso, mas eu comi pouco. Sem entusiasmo.

Eu estava ali presente de corpo… mas minha mente vagava longe, sempre para o mesmo ponto proibido.

Depois do almoço, fomos todos para a sala ampla. Zahir e Sophia se sentaram juntos, com Vitor adormecido no colo dela. Contavam com entusiasmo como estavam se adaptando à vida com os gêmeos, como Ali estava reagindo à chegada dos irmãos, as noites sem dormir… e eu ouvia, calado como sempre, mas absorvendo tudo.

Minha mãe estava radiante. Amava aquela família, amava ver os netos crescendo, amava a felicidade de Zahir. Ela tinha um brilho que eu não conseguia reproduzir. Talvez nunca tivesse conseguido.

Enquanto eles conversavam, eu sentia — quase como um peso quente nas costas — os olhos de Hadas