Refúgio em Segurança.
A Ilha do Silêncio
A escuridão da noite parecia refletir o estado de espírito de Miguel. Ele sabia que Henrique era imprevisível e perigoso. Depois da tragédia que tirara sua mãe, não podia mais correr riscos com sua família. Ele pegou o telefone com determinação e discou um número que há muito tempo não usava.
— Capitão Roberto? É o Miguel Alencar.
A voz do outro lado da linha parecia surpresa, mas imediatamente profissional.
— Senhor Alencar! É uma honra ouvir sua voz novamente. No que posso ajudar?
— Preciso do avião pronto no hangar em uma hora. Estamos deixando Brasília. Destino? — Miguel fez uma pausa, olhando para Clara, Luna, e depois para Ana e Fábio. — Itália. E, após isso, precisamos ir para um local seguro. A ilha.
Houve um momento de silêncio do outro lado, antes do piloto responder com firmeza.
— Entendido. O avião estará pronto, senhor.
Miguel desligou o telefone e voltou-se para os demais, que estavam reunidos na sala, tensos e esperando alguma decisão.
— Escutem bem —