Emmy Zack
E então eu compreendi.
Matteo havia tomado o controle.
Não soube quando começou, tampouco por quanto tempo aquilo duraria. Mas estava claro como o silêncio cortante entre nós: ele assumira o comando da sala, da situação… de mim. E não havia hesitação em seus olhos — apenas aço temperado, impiedoso, fervendo com uma mistura brutal de fúria contida e desejo abrasador.
A atmosfera da torre Malac’h parecia se curvar ao redor dele. As sombras pareciam mais densas, o ar mais espesso, como se o próprio edifício ancestral reconhecesse sua presença e respondesse a ela.
Uma parte de mim gritava, visceral e primal, implorando para correr. Aquela parte queria escalar as paredes, desaparecer nos corredores como uma fera em fuga.
O instinto berrava para que eu evitasse o olhar dele — o azul agora enegrecido, cortante como vidro, que me fitava como se eu fosse a resposta e o castigo. Como se ele estivesse diante da própria salvação... ou maldição.
Mas havia outra parte.
Aquela que estava e