Emmy Zack
Daha’ch
Eu ainda o sentia. Mesmo com o vazio que ele deixara, sua presença ainda pairava ao meu redor como um perfume persistente, como o calor de um sol que se recusa a morrer completamente no horizonte. Mas perdê-lo… perder ele havia causado uma rachadura profunda na minha alma, uma fenda que não sangrava por fora, mas escorria por dentro como se minha essência se esvaísse em silêncio.
Deitei-me entre as flores douradas do campo onde costumávamos nos encontrar — o lugar favorito dele no mundo inteiro. Agora, era tudo o que me restava dele. Um pedaço de céu na terra, eternamente marcado por lembranças que dançavam com o vento. Adormeci ali, entregue à dor e ao tempo.
— Daha… irmã…
A voz era um sussurro, um eco que acariciava minha mente como uma lembrança doce demais para ser real. Abri os olhos lentamente e vi seis mulheres em pé diante de mim. Elas pareciam ter brotado da própria terra, envoltas em véus de névoa prateada e energia ancestral. A que tinha cabelos negros co