O amanhecer rastejava sobre a fazenda, o céu tingido de laranja e cinza, hesitando em trazer o novo dia. Mariana acordou com o peso do braço de Joaquim ao seu redor, o calor dele um lembrete vívido da noite anterior. O corpo dolorido por todas as posições e contorcionismos que fizeram.
Por um instante, ela se deixou ficar ali, sentindo a respiração quente contra sua nuca, o coração dele batendo firme contra suas costas, as mãos dele agarradas a seu seio nu, sentiu seu coração acelerar e seu sexo ficar úmido, o calor lhe percorrendo só em lembrar de como ele a tocou.
Mas o som de botas pesadas no corredor a fez abrir os olhos. A realidade — ladrões, a morte do garanhão, a ameaça do Sr. Almeida — voltou como uma onda fria.
Ela se desvencilhou com cuidado, vestindo a camisa dele jogada no chão, o cheiro de terra e suor a envolvendo. Joaquim resmungou, meio acordado, os olhos escuros encontrando os dela com uma intensidade que a fez hesitar.
— Tá cedo pra fugir — disse ele, a voz rouca, u