Mariana sentiu o coração disparar, o rubor de vergonha se misturando com a raiva enquanto ajeitava a saia às pressas. A mulher à sua frente, parada nas sombras do jardim, era uma visão que cortava o ar — alta, com curvas que pareciam esculpidas, vestida com uma blusa justa de seda vermelha e uma saia que abraçava os quadris, revelando mais do que escondendo. O cabelo castanho caía em ondas soltas, e os olhos verdes brilhavam com um misto de desprezo e diversão. O sorriso frio nos lábios era afiado como uma lâmina.
— Clara — rosnou Joaquim, o corpo tenso, os olhos faiscando de raiva. Ele deu um passo à frente, como se quisesse proteger Mariana, mas a frieza em sua postura a fez sentir, mais uma vez, como uma peça descartável.
Clara, a cunhada de Joaquim, cruzou os braços, o movimento destacando ainda mais suas formas.
— Então é assim que você cuida da fazenda da minha irmã? — repetiu, a voz melíflua, carregada de sarcasmo. — Comendo as empregadas pelos cantos? Que... charmoso.
Mariana