— Senhorita Sophie? — ouviu alguém chamar. Albert soltou-a com dificuldade, dizendo uma palavra de indignação em dinamarquês. Pressionou os lábios contra os dela rapidamente antes de responder de forma seca: — Entre Dagfinn. — Milorde, graças ao bom Deus! Estávamos à vossa procura.... — Disse o homem avaliando ambos com olhar intrigante. — O jovem filho do duque Høgh acabou de chegar. Albert respirou fundo: — Leve-me até ele. — Disse indo em direção a porta. — Talvez fosse melhor... O-o senhor limpar os lábios milorde. — Sophie parecia estar encabulada e ao mesmo tempo se divertia. A boca de Albert estava manchada de batom vermelho, os lábios de Sophie também estavam uma catástrofe! o que era um consolo. — Sim, certamente. — Pigarreou levando uma das mãos a boca. ...... O conde Larsen praguejou. Que hora mais inconveniente para seu primo procurar por ele! foi necessário muito autocontrole. Que Deus tivesse misericórdia pois quase a jogou naquela cama! Precisava u
Desde o início da cerimônia, Albert não saiu do lado de Sophie, para o alívio dela ele era um ator formidável.. Já não bastava o pânico,de ser gravada ao vivo por gente famosa, por saber que havia repórteres filmando a entrada do castelo de Albert sem a permissão de entrar na festa invejando as 3 colunistas de revistas, que eram conhecidas do conde e queriam de todas as maneiras emboscar Sophie sozinha, ainda era apresentada a diversas pessoas como: A tenebrosa alta sociedade, estilistas, políticos, empresários, a família do banqueiro cuja filha não escondeu estar desaponta, era a mesma mulher que fez chilique na loja. Aos viscondes, sócios da empresa familiar dos Larsen, barão e baronesas, uma princesa da corte e seu marido vieram representando a coroa Dinamarquesa. Era uma jovem amável que estava maravilhada com Sophie e feliz pelo primo de segundo grau. Aquela gente estava tão elegante e bem vestida que Sophie se sentiu um tanto simples demais com a roupa que Albert escolhe
Em um momento Sophie estava propositalmente provocando Albert, e no outro... mãos grandes e másculas levantavam a saia do vestido dela! Cristo! Esse homem parecia arder em chamas e a mente de Sophie havia se transformado numa grande e inconveniente gelatina.... Os lábios de Albert no pescoço dela eram um misto de prazer, sonho e insanidade. De repente não havia mais o noivado, vozes altas e canções divertidas. O tempo havia parado ao redor, até que... — Oh.. me desculpem — Ouviu a voz de um homem atrás deles, Sophie quis morrer, que constrangedor! estava com uma das pernas agarradas a cintura de Albert igualzinha uma dançarina de tango! Ele paralisou, como se tivesse recobrado a consciência. Ainda com as mãos firmes na cintura de Sophie, apenas olhou por sobre o ombro. — Mathieu! — Exclamou Albert, Sophie não sabia como interpretar aquele rosnado. — Queira perdoar-me Larsen, acabei me perdendo no estacionamento, não... — O homem pigarreou desconcertado — não quis interromper vo
Há seis meses a morte trágica e inesperada de sua irmã e cunhado foram os motivos da insônia de Sophie. Mal ela havia terminado o funeral quando descobriu de forma chocante a traição do homem que pensou ser o amor de sua vida. As horas se tornaram intermináveis e as semanas um abismo escuro insuportável. O único motivo que a mantinha viva eram seus sobrinhos. Coube a ela a função de criar e proteger duas criança... mesmo sem emprego fixo, desesperada e endividada. Ao tentar inutilmente se desfazer das coisas de Sabrina naquela manhã, achou uma caixa de madeira guardando o contato do irmão mais velho de Vicente e por cortesia Sophie resolveu comunicar a tragédia. Mas, de boas intenções, o inferno está cheio.... Era meia noite e quinze quando Sophie ouviu o celular tocar. Quem poderia ser? levantou-se cautelosamente da cama para não acordar os sobrinhos que insistiam em dormir com ela. Colocou a historinha "Advinha o quanto eu te amo de Sam McBratney" que leu há pouco na cômoda e foi
— Ah tia Sophie, eu não quero ir, vai ser muito chato. — Queixou-se Nicolas emburrado. — Para de ser malcriado, Nico! — Retrucou Eliza. — Eliza, não questione os mais velhos — Revidou o menino erguendo o corpo numa postura exagerada. — Você só é quatro minutos mais velho do que eu nico! e ainda assim eu sou cinco centímetros mais alta do que vocês!. — Quatro e meio! e não por muito tempo... você vai ver só eu ficarei gigante e você será uma tampinha. — Chega. — Falou Sophie firme antes que uma discussão acirrada iniciasse — Façamos o seguinte, assim que a gente sair da casa de Fátima nós compraremos um lanche, pode ser? — Vamos beber refrigerante? — Perguntou o menino — E tomar sorvete? — Perguntou Eliza — Sim! — Respondeu a tia sorrindo. As crianças abraçaram Sophie comemorando felizes.. Como ficaram mais tempo do que planejado e almoçaram na casa de Fátima. Sophie decidiu que o lanche, sorvete e refrigerante seriam a janta após as crianças tomarem banho. Estava
Albert Larsen tocou o que parecia uma espécie pré-histórica de campainha várias vezes seguidas, a criatura petulante que o aguardasse. Levaria seus sobrinhos de um jeito ou de outro. O portão surrado de ferro foi aberto num rompante barulhento, para sua surpresa por uma mulher que mais se parecia uma... sereia. Se esforçou para não demonstrar que ficou afetado por aquela visão. — Senhorita... Ro..drigues? — Pela expressão assombrada certamente era ela, Albert não imaginou que a mulher pudesse ser... bendito fosse o Criador! ela era apetitosa demais! — O-o que e-está fazendo aqui? — Perguntou visivelmente assustada. O que lhe trouxe uma tremenda satisfação, certamente não era tão corajosa quanto pareceu na ligação. — Depois da conversa que não finalizamos e ter se tornado incomunicável nos últimos dois dias, pensou mesmo que eu ficaria quieto? — Perguntou erguendo uma sobrancelha. — Para ser franca, pensei que você seria de fato uma pessoa incoveniente e muito.... muito ir
— Eu não sou a pessoa mais apropriada para desiludir um iludido — Retrucou, ele se colocou de pé bruscamente e olhou o ambiente com uma análise nada discreta como se dissesse que ela é a única iludida, desconfortável Sophie começou a falar. — Hoje o dia foi corrido, não tive tempo de arrumar a casa. — Acredite, percebi. — Respondeu com desdém. — Não darei nenhuma explicação a você. — Creio que também não tenha pedido, a questão é senhorita Rodrigues, está evidente que este lugar precário não tem a menor estrutura para criar uma criança, principalmente os meus sobrinhos. E a senhorita não tem as exigências necessárias para o papel de mãe. — Falou no mesmo tom frio e distante da ligação. — Você consegue ser ainda pior do que pareceu no telefone. Vem a minha casa sem ser convidado e desmerece a mim e minha vida, não tem o direito de fazer isso, você não me conhece, não sabe nada sobre mim e essa casa que não tem a menor estrutura como disse foi onde cresci com minha família. Você
Sophie não podia deixar de pensar que foi um milagre ter conseguido arrumar as bagagens em tão pouco tempo. Eliza e Nicolas, no entanto, não foram difíceis de convencer viajar, é certo que ela não explicou os verdadeiros termos. Quando Albert chegou com motorista particular e o carrão, as crianças pareciam intimidadas. Já Sophie não podia deixar de sentir raiva ao olhar o rosto do homem, ele provavelmente dormiu bem a julgar pelo ar de vencedor. — Fico contente que tenha feito a escolha sensata, senhorita Rodrigues. — Sussurrou no ouvido dela assim que chegaram ao aeroporto. Sophie quis morrer! Nunca se sentiu tão vulnerável, tola e impotente. Estava mesmo sendo dominada pelo pavor, não podia deixar que seus sobrinhos fossem deportados, não mesmo! Jamais deixaria de os proteger e nunca os entregaria para aquele homem. Ela, porém, tinha um plano.... Albert se cansaria mais cedo ou mais tarde e com toda certeza não haveria espaço nos coraçõezinhos deles, Sophie tinha o amor ao seu l