— Então vamos resolver o problema pela raiz: trate logo de arrumar um cunhado para mim. — Disse Eduardo, com toda a calma do mundo.
— Você acha que cunhado é produto de prateleira de supermercado, que eu posso simplesmente escolher? — Retrucou Letícia, revirando os olhos.
— E não é? — Provocou ele. — Escolhe o melhor: caráter, talento, família e aparência, tudo nota dez.
Letícia suspirou em silêncio. Mas onde achar isso? Ou era alguém de boa família e feio de doer, ou então bonito, mas sem substância. No fim, nunca havia um equilíbrio perfeito.
Quer dizer... Talvez não fosse tão impossível assim.
Enquanto pensava nisso, uma imagem surgiu em sua mente. Talvez fosse coisa de irmãos, aquela intuição estranha, mas Eduardo logo comentou:
— Na época você não quis saber do Renato por causa da Vitória. Agora que não tem mais esse obstáculo, já pensou em dar uma chance?
Letícia fez uma expressão embaraçada por dois segundos e respondeu:
— Eu até poderia considerar... Mas só se ele também me con