Entre o turbilhão que parecia girar céu e terra, o celular escorregou e tombou de lado.
Letícia ainda não havia se recuperado da vertigem quando, de repente, viu Renato lançar-se sobre ela.
Ao cruzar o olhar dele, percebeu de imediato algo estranho. Havia um rubor leve em seu rosto, um calor anormal.
“Não... Agora não é hora de me preocupar com ele. Preciso pensar em mim!”
Ela estava presa contra o tapete, com Renato por cima. A posição era insuportavelmente constrangedora e fez seu coração disparar. Instintivamente, tentou deslizar para o lado, querendo escapar.
Mal se moveu, porém, seu pulso foi agarrado com força.
A pressão era tão intensa que Letícia teve a sensação de estar presa por barras de ferro, sem a menor chance de se soltar.
O comportamento dele estava estranho demais. Mesmo alguém tão lenta para perceber quanto ela já entendia: Renato só podia ter sido drogado.
Enquanto tentava imaginar quem ousaria cometer tamanha atrocidade, o celular caído no tapete atendeu sozinho à l