— Ah... Então o Sr. Renato é meu vizinho de quarto. Que coincidência, né? Hahaha... — Disse Letícia, tentando aliviar o clima.
Renato apenas murmurou um “sim”, sem se alongar, e passou o cartão para abrir a porta.
Letícia acompanhou com o olhar a figura dele, mas não conseguia parar de pensar:
“Se ele só chegou agora... Então de onde veio aquele barulho de porta que ouvi antes?”
Quando ele empurrou a porta para entrar, Letícia também deu um passo à frente. O gesto fez Renato deter o movimento de fechar a porta e olhar para trás.
— Hm, veja bem... Acho melhor eu esclarecer uma coisa. Na verdade, eu não fazia ideia de que você estava no quarto 3001. — Disse ela, meio atrapalhada, procurando justificar-se.
Renato não fechou a porta. Apenas a encarou e respondeu:
— Eu não pensei nada disso. Não precisa se explicar. Como você mesma disse, foi apenas uma coincidência.
Letícia assentiu rápido, quase aliviada. Mas, como não se mexia para ir embora, Renato, por educação, também não teve coragem