Do outro lado da linha, a voz rouca de Lorena soou carregada de dor:
— Desculpe, Priscila... Hoje não vai dar. Minha filha sofreu um sequestro, foi atacada, e ainda está deitada num quarto de hospital.
Priscila ficou paralisada por um instante, surpresa. Logo depois, demonstrou preocupação:
— Como assim a Vi foi sequestrada? Já descobriram quem fez isso? Em que hospital ela está? Vou passar aí para ver a menina.
Levantou-se, preparando-se para subir e trocar de roupa. Mas mal dera dois passos quando ouviu as palavras seguintes de Lorena... E congelou, chocada, incapaz de se mover.
— Não é a Vitória! Ela é a culpada! Uma víbora, que tentou matar a minha filha! Minha verdadeira filha é a Beatriz. Foi ela quem quase perdeu a vida inúmeras vezes pelas mãos da Vitória, que sempre contratou assassinos para se livrar dela. Desta vez também... minha pobre menina quase morreu. É nossa culpa. Fomos nós que falhamos com ela, que a deixamos sofrer tanto... — Lorena soluçava, incapaz de conter o ch