— Como poderia não ser, Eduardo? — Disse Priscila, com o rosto sério. — A essa altura, você não precisa mais esconder nada de mim. Eu já deixei clara a minha posição. Você e uma pessoa comum nunca poderiam ficar juntos. É melhor desistir dessa ideia desde já.
— Eu e a Beatriz não temos nada! — Rosnou Eduardo entre os dentes.
— Eu sei... Mas é só por enquanto. Você sente algo diferente por ela, isso é inegável. Eu sou sua mãe. Acha mesmo que não consigo perceber? — Retrucou Priscila.
— Não acho que fiz algo errado. Apenas me antecipei, evitei problemas futuros. Cortei pela raiz o que poderia vir a acontecer. — Falou ela, com frieza e uma calma que soavam quase cruéis.
Eduardo a escutava. Em outras circunstâncias, talvez achasse tudo aquilo um exagero, paranoia, suspeitas sem fundamento. Mas, naquele instante, havia algo que ele não podia mais negar:
“Eu realmente sinto algo diferente por Beatriz.”
Ele mesmo ainda não entendia o porquê. Não sabia ao certo se aquilo era amor ou outra cois