— Isso mesmo, são boas amigas. Mas talvez você nunca a tenha visto, por isso não reconheceu minha filha. — Acrescentou Lorena.
Priscila forçou um sorriso, tentando disfarçar a culpa, e respondeu:
— De fato... Nunca a vi.
Lorena, imersa em sua dor, não percebeu a estranheza na voz dela. Continuou falando, quase como um desabafo:
— Passei a festa inteira tentando descobrir quem era, mas não consegui. Até pedi para o Rê investigar. Mal sabia eu que ele também tinha visto a irmã naquela noite... Só que, antes de conseguir confirmar qualquer coisa, minha filha já tinha sido armada pela Vitória...
Cada frase de Lorena vinha carregada de mágoa, a voz embargada pela emoção. Priscila escutava, sem saber o que dizer, soltando apenas algumas palavras secas de consolo, enquanto por dentro sua mente era puro caos.
Pensava em como poderia remendar a mentira. Como ainda poderia manter as aparências e preservar a relação com a família Cardoso. Como poderia, sobretudo, conseguir que Beatriz... A perdoa