Gabriel permanecia parado, o olhar fixo na entrada do hospital. Havia sido expulso, mas não teve coragem de ir embora.
Ele não queria sair dali. Queria esperar, queria ouvir a notícia de que Beatriz havia saído com vida da sala de emergência.
— Manda alguém ficar de olho lá dentro. Assim que houver notícia, me avise. — Ordenou Gabriel.
O segurança obedeceu, enquanto ele permanecia quieto, mergulhado em silêncio. Sua figura solitária se confundia com a escuridão da noite, revelando toda a sua impotência e abandono.
O que deveria fazer? Como poderia reconquistar Beatriz?
Mesmo que passasse cinco, dez anos tentando de novo, insistindo em conquistá-la, era certo que a família Cardoso se colocaria no caminho. E quem garante que, até lá, Beatriz já não teria se casado com outro homem?
Um vazio amargo tomou conta de Gabriel. Ao mesmo tempo em que se sentia perdido, sabia que aquele destino era obra dele mesmo. A situação em que se encontrava era consequência das próprias escolhas.
Sem saída,