Ninguém ousava se mover. O ar estava pesado, congelado pela tensão.
Nesse instante, por trás da multidão, Gabriel foi empurrado em sua cadeira de rodas.
Ao ver Beatriz dominada, com a arma apontada para a cabeça, o sangue lhe ferveu. Tentou se levantar de supetão para avançar contra o criminoso.
Um dos seguranças o conteve com firmeza e murmurou:
— Sr. Gabriel, ele está armado. Não podemos agir sem pensar. Se arriscarmos, a Srta. Beatriz perde a vida.
— A refém ainda respira. — Acrescentou um policial. — O sequestrador a usa como escudo. O primeiro passo é mantê-la viva.
As palavras não aliviavam nada. Gabriel cerrou os dentes, olhando Beatriz caída, a cabeça tombada de lado, completamente inerte.
O coração se apertava em angústia.
Segurava o apoio da cadeira com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos. A vontade era lançar-se contra o bandido, mesmo que fosse para morrer junto.
Mas o medo de vê-la executada o paralisava.
Entre a fúria e a impotência, seu olhar caiu sobre Rena