— Vi doou bastante. — Comentou Renato, com a voz controlada, sem demonstrar emoção.
— Pois é, ela tem um coração bondoso. A princípio ia doar apenas vinte milhões. Mas, quando viu aquelas crianças doentes sofrendo tanto, ficou com tanta pena que chegou a chorar… E acabou doando mais trinta milhões. — Explicou Lorena.
Ela apertou levemente os lábios. Suas palavras soavam perfeitamente normais, sem qualquer brecha.
Depois de trocar ainda algumas frases com a mãe, Renato encerrou a ligação. Voltou-se então para a secretária e ordenou:
— Fique de olho nas doações da Vi nesta semana. Monitore a conta da fundação e veja se existe algum indício de transferência disfarçada ou desvio de valores.
A secretária estacou por um instante, surpresa, mas logo assentiu.
“Então era isso… O chefe desconfiava de que a Srta. Vitória estivesse usando o nome da fundação para encobrir algo criminoso?”
— Chefe, ainda há outra coisa que não mencionei. — Disse ela. — O motorista que atropelou a vítima foi preso p