— Desculpa. Tudo isso aconteceu por minha causa... — Disse Beatriz.
— Eu não te culpei. Você também foi vítima. — Respondeu o Sr. Henrique.
Ele tinha visto os ferimentos nos cotovelos e nos joelhos dela. Passara um pouco de antisséptico de forma simples, mas as marcas ainda eram chocantes de ver.
— O Gabriel é homem, aguenta mais pancada. Se fosse você quem tivesse levado aquela batida, talvez tivesse morrido ali mesmo. — Comentou o Sr. Henrique.
— E ele...? — Perguntou Beatriz.
— Não corre risco de vida. Ainda está em cirurgia. — Respondeu o Sr. Henrique.
Ao ouvir isso, o corpo tenso de Beatriz foi relaxando pouco a pouco, enquanto os dedos dela se fechavam num punho.
“Ainda bem...”
Ela ficou olhando, atônita, para a porta da sala de emergência. Se Gabriel não sobrevivesse, ela sentiria que lhe devia a vida para sempre.
E também à família Pereira. Ele era o herdeiro da família Pereira, se algo acontecesse com ele, ela jamais teria como prestar contas ao Sr. Henrique.
Naquele instante,