Ele percebia, enfim, que passara todo esse tempo se enganando. Sempre quis acreditar que Vi “não era tão má assim”, que “era apenas um pouco extrema”.
Agora, a verdade se impunha diante dele.
Renato cerrou os punhos, fechou os olhos e respirou fundo.
Ao abri-los novamente, o que havia neles era apenas frieza e decepção absoluta.
O silêncio no escritório era sufocante, quase aterrador.
A secretária, vendo o semblante sombrio do chefe, não ousava sequer respirar alto.
Tudo caminhava na direção do pior desfecho possível. A polícia e a família Pereira ainda estavam em plena caçada pelo culpado.
— Localize o IP do Vinícius e capture-o pessoalmente. — Ordenou Renato, a voz cortante.
— Sim, senhor. E quanto à polícia…? — Arriscou a secretária, sem terminar a frase.
Renato entendeu a pergunta e respondeu com firmeza:
— Por enquanto, não. Quando for preso, diremos apenas que nossos seguranças o encontraram por coincidência.
Ela assentiu e saiu para executar a ordem.
No escritório, Renato fechou