Vitória tinha escolhido o momento perfeito para agir. Ela voltara de propósito para se vingar.
No começo, não mencionara a multa rescisória, nem revelara que tinha alguém poderoso ao seu lado.
Fizera-se de humilde, dizendo apenas que vinha buscar seus pertences.
Mas, na verdade, “buscar coisas” era desculpa, a armadilha estava armada desde o início. E agora, a vingança se desenrolava diante de seus olhos.
Enzo percebia que tinha caído direitinho. Fora jogado como um amador.
— Isso... Isso foi só uma brincadeira. A empresa nunca cobraria um valor tão absurdo de você. Nosso regulamento é humanitário, claro que é! — Tentou justificar-se, com um sorriso forçado.
Vitória, vendo aquela cara lambida e ainda assim negando até o fim, soltou um riso frio:
— Brincadeira com mais de dez milhões e cadeia? É a primeira vez que vejo esse tipo de piada.
A secretária, firme ao lado dela, reforçou:
— A sua empresa usa contratos mal elaborados contra ex-funcionários e exige indenizações milionárias. Isso