A secretária a fitou, um pouco confusa.
— Perdão. Não entendi bem o que a senhorita quis dizer?
Letícia respondeu com clareza e firmeza.
— Imaginei que ele mandaria você trazer uma mala de dinheiro para jogar na frente da minha amiga, exigindo que ela reconhecesse o próprio lugar. Algo como: que não ousasse enfrentar Vitória de novo.
Ao ouvir aquilo, a secretária ficou visivelmente desconfortável, quase suando frio. Apressou-se em explicar.
— Não, de forma alguma. A senhorita está equivocada quanto ao nosso Sr. Renato. Ele deseja, sim, compensar a Srta. Beatriz. Mas não com imposição, tampouco como advertência. Srta. Beatriz, por favor, acredite em mim. Tudo o que digo aqui representa exatamente a vontade dele.
Ela voltou-se novamente para a jovem deitada no leito. Esforçou-se para mostrar sinceridade no olhar, como se implorasse para não ser vista como uma vilã.
Beatriz sustentou-lhe os olhos por alguns segundos. Depois falou com calma.
— Por favor, sente-se, Srta. Karine.
A secretári