“Você já ouviu falar em algo chamado personalidade histriônica?” foi o que a policial dissera a ele.
Renato respirou fundo e fechou os olhos. Não queria duvidar, mas também não queria acreditar.
Na mente, surgiam lembranças do jeito como a irmã interagia com ele no dia a dia e de como se comportava durante as chamadas de vídeo com os pais. Cada expressão, cada gesto, cada pequeno movimento...
Renato simplesmente não conseguia associá-la a algo cruel e perverso.
— Mas eu acho que guerra entre mulheres é coisa de destruir a própria espécie. — A voz da secretária soou pelo telefone. — Se acha que o homem a traiu, que vá direto nele! Por que é que mulher precisa fazer outra mulher sofrer?
As palavras o trouxeram de volta à realidade. Renato apertou os lábios, em silêncio.
De fato, se fosse ele, teria sido o primeiro a mandar castrar aquele desgraçado do Gabriel. Casado, e ainda assim teve a ousadia de se envolver de novo, traindo a esposa de forma deliberada.
Na ampla avenida, dentro do Be