Ela já não contava que aquele Gabriel fosse avisá-la de alguma coisa, era muito mais confiável falar com Rafael, que, além de ser educado, a tratava com respeito.
Rafael tirou o celular, segurando-o com as duas mãos em posição respeitosa para que ela pudesse escanear o código QR, e em seguida tocou em “adicionar”.
— Estou indo. Lembre-se de me mandar mensagem. — Disse Letícia, já entrando no elevador, mas não sem repetir o lembrete.
Rafael fez uma pequena reverência e respondeu:
— Vou levar isso comigo, Srta. Letícia. Sr. Eduardo, Srta. Letícia, boa viagem. Até mais.
As portas do elevador se fecharam, e os dois voltaram para casa.
No carro, enquanto o motorista dirigia, Letícia passou o caminho inteiro tentando deduzir quem poderia ter atacado a amiga. Afinal, no depoimento que Vitória dera à polícia, ela negara completamente qualquer envolvimento.
— Eu realmente não consigo pensar em outra pessoa. A Bia nunca fez mal a ninguém. — Disse Letícia, com a testa franzida. — Ela mal tem amig