Na sala de interrogatório.
Vitória chorava ainda mais, soluçando de forma incontrolável, e se justificava com voz trêmula:
— Eu nunca quis fazer nada sério contra a Beatriz... Eu estava com medo, entende? Medo de ir para a prisão... Além disso, a Beatriz é minha amiga, como é que eu poderia realmente machucar uma amiga? Não pensem que eu sou tão cruel assim. Naquele momento, eu só estava muito alterada, perdi a cabeça... Foi a primeira vez que cometi algo ilegal...
A policial percebeu que ela estava desviando o assunto, tentando se defender pelas beiradas em vez de responder diretamente.
“Não é nada fácil lidar com ela”, pensou.
Ela estava prestes a apertar ainda mais, mas um colega entrou e lhe deu um toque, interrompendo a conversa.
Ela virou a cabeça e, através da janela, viu os familiares da suspeita. Não teve escolha a não ser interromper o interrogatório por ora.
O dia inteiro de perguntas não tinha rendido resultado algum. Aquela mulher chamada Vitória parecia ter uma cara de pa