— Já faz quase uma hora. — Respondeu alguém.
Letícia apertou o pacote nas mãos, os dedos se fechando com força.
“Uma hora inteira...
O que será que aconteceu com a Bia? Será que, no momento do sequestro, decidiram se livrar dela de imediato? Será que está entre a vida e a morte?”
— Esse médico vai conseguir salvá-la ou não? Vou chamar outros especialistas para o tratamento. — Disse Letícia.
Mal terminou de falar, puxou o celular para fazer uma ligação. Nesse instante, Gabriel apareceu. O rosto abatido, os ombros caídos e a expressão vazia.
— Não adianta chamar ninguém. Acha que a família Pereira não tem condições de contratar especialistas?
Letícia virou o rosto para encará-lo. Ele parecia um homem derrotado, totalmente perdido.
Mas, de repente, se lembrou de algo: Gabriel não parava de fazer ligações. Se Bia estava na sala de emergência, por que não esperava do lado de fora, ansioso, em vez de passar o tempo todo ao telefone?
— Por que não adianta chamar especialistas? — Perguntou Let