Mas a ligação não completou. Do outro lado, a linha permanecia ocupada. Sem alternativa, Letícia foi direto ao balcão de informações da ala de internação.
A resposta caiu como um balde de água fria: não havia registro de nenhuma paciente com aquele nome. Letícia parou, sentindo-se uma completa idiota por ter corrido até ali em vão, enganada por Gabriel.
A raiva subiu como fogo. Naquele momento, teria prazer em largar aquele homem no meio do mato para servir de banquete aos lobos.
Caminhava com passos firmes, o salto alto estalando no piso com um tac-tac impaciente, como se fosse quebrar a qualquer momento. O corpo todo exalava fúria.
De repente, viu entrar pela porta principal do saguão um rosto conhecido. Quem mais poderia ser senão o assistente de Gabriel?
— Assistente do Gabriel! — Chamou, sem se lembrar do nome dele.
Rafael, ao ouvir o chamado, virou a cabeça por instinto e a reconheceu.
— Srta. Letícia. — Cumprimentou, educado.
— Onde está o Gabriel? — Letícia foi direta.
— O Sr.