Até que enfim, Leonardo pensou numa desculpa perfeita.
Sem perder tempo, ligou para Eduardo, que dirigia logo à frente.
— Eduardo! — Disse assim que a ligação foi atendida. — O escritório acabou de me ligar. Um cliente marcou comigo pro almoço. Coisa séria, preciso voltar agora.
— Ué, mas você não disse que estava livre? — Eduardo respondeu, desconfiado.
— Foi de última hora, fazer o quê? — Leonardo tossiu, fingindo naturalidade. — É um caso importante, briga comercial grande. Não posso faltar.
— E ele não podia ter marcado antes? — Eduardo insistiu.
— A gente não trabalha como você, né? No seu caso, o cara precisa agendar com antecedência. Com advogado, é tudo em cima da hora mesmo. — Leonardo rebateu.
Eduardo ficou em silêncio por um instante... E depois cedeu:
— Tá bom. Vai lá então.
Leonardo desligou.
Atrás, ele soltou um longo suspiro de alívio.
“Livreeee...”
No cruzamento seguinte, virou à direita e desapareceu discretamente.
Dentro do Bentley, Beatriz viu a Mercedes mudar de rot