— Trouxe os fios de cabelo antes de sair. —Disse Vitória com naturalidade e um tom calmo e confiante. — Assim poupamos tempo. E, se o resultado não bater, cada um segue sua vida sem prejuízo.
Objetiva. Segura. Impecável.
Renato estendeu a mão e pegou o pequeno saco plástico.
Observou os fios de cabelo dentro dele, com atenção.
Depois, ergueu o olhar para ela e disse:
— Você pensou em tudo. Agradeço por sua colaboração, Srta. Vitória.
Vitória respondeu com um sorriso doce, a voz suave e perfeitamente medida:
— É o mínimo. Afinal, reconhecimento de família não é uma coisa qualquer.
Renato guardou o saquinho no bolso do paletó.
Depois, se recostou levemente no banco estofado do canto, cruzando as mãos sobre a mesa com naturalidade.
Era hora de esclarecer o que restava de dúvidas.
Com um tom ponderado, começou a perguntar:
— Qual era o nome do orfanato onde você ficou?
Ao ouvir isso, o olhar de Vitória brilhou discretamente.
Exatamente como previsto.
Ela já sabia que essa pergunta viria, e