A mãe dele não suportou o golpe.
Acabou definhando, presa à cama, o corpo e a mente mergulhados numa tristeza profunda.
Por causa disso, e para tentar salvá-la de vez, a família inteira teve que se mudar para o exterior.
Permanecer naquela cidade, com tudo relembrando a filha perdida, era como mergulhar numa dor sem fim.
Vinte anos se passaram desde então.
Hoje, todos na família, em maior ou menor grau, haviam aprendido a conviver com a dor. A aceitar a realidade brutal:
A irmã jamais seria encontrada.
Ou pior... Talvez nem estivesse mais viva.
O homem respirou fundo, forçando-se a sair daquele mar de lembranças sombrias.
Apertou o estojo com firmeza nas mãos.
Seu olhar, antes distante, agora se acendia com uma chama inesperada, uma faísca de esperança.
Se aquele colar voltou a circular no mercado, isso não poderia ser coincidência.
Será que... Sua irmã estava por perto?
Será que ela estava mesmo ali, na Cidade A?
Claro, havia outra possibilidade, que a joia tivesse parado nas mãos de