Eduardo apertou levemente os lábios, pensativo por alguns instantes.
— Só acho que Renato está, de alguma forma, me mirando de propósito. — Murmurou ele.
— Não deve ser isso, né? — Retrucou Letícia, acreditando que fosse algo ligado aos negócios. — Afinal, as duas famílias ainda têm parcerias.
Mas o que Eduardo queria dizer não tinha nada a ver com contratos.
Tratava-se de Beatriz.
A hostilidade de Renato em relação a ele era nítida, impossível de ignorar.
Talvez Renato o enxergasse como um pretendente e, como todo irmão mais velho, naturalmente desprezasse qualquer homem que ousasse se aproximar de sua irmã.
Ele próprio era irmão. Se visse algum sujeito tentando convidar Letícia para dançar, especialmente um daqueles tipos medíocres, certamente ficaria furioso.
Aos seus olhos, todos pareceriam sapos querendo beijar a princesa.
Mas… E se invertesse a situação?
Será que, para Renato, ele também era apenas um desses sapos?
Eduardo caiu em silêncio.
Sentia-se atingido, como se fosse incap