Já era esperado que Eduardo e Letícia, aqueles irmãos desprezíveis, zombassem dele. Mas agora, até Daniel tinha a audácia de afrontá-lo sem parar, provocando e ironizando diante de Gabriel.
Ele mantinha o corpo rígido, lutando contra a vontade de partir para a briga. Afinal, não era o momento nem o lugar certo.
— E daí que você conseguiu aparecer numa festa? — Retrucou Gabriel, com sarcasmo na voz. — Está achando que os outros não teriam como vir?
Daniel franziu o cenho, atordoado com a resposta agressiva.
Será que, de alguma forma, tinha ofendido o senhor Gabriel? Por que ele falava daquele jeito, tão ríspido?
— Eu não estou me gabando. — Respondeu Daniel, calmo, embora surpreso. — Sei que foi apenas sorte eu poder participar desta recepção.
Mas justamente aquela expressão dele, aparentemente serena e tranquila, fez o sangue de Gabriel ferver ainda mais.
“Sorte? Aquilo não era uma indireta de que Beatriz o convidara pessoalmente? O que havia de tão especial nisso para exibir com tanto