Capítulo 1019
Ele olhava aterrorizado para aqueles criminosos, tremendo, e gritava para eles entre o pânico e a raiva:

— Vocês são um bando de insolentes! À luz do dia, têm a cara de pau de roubar! Não vou deixar barato!

Um som de escárnio cortou o ar, um riso curto e desprezível. Eurico virou o rosto, curioso e irritado.

Uma mulher estava em pé junto à mesa, de boné e máscara, folheando os papéis ali deixados.

— Eu digo é o seguinte: sem a minha assinatura, esses documentos não valem nada. E o dinheiro do cartão também você não vai poder mexer! — Eurico acreditava que eles queriam apenas dinheiro e falou em voz alta.

— Dez mil? Eurico, você está subornando mendigos? — Karine falou com desprezo, atirando os papéis no chão como se fossem lixo. O cartão bancário foi arremessado direto para a lixeira.

Eurico teve a nítida sensação de que tudo aquilo fora premeditado. O pavor cresceu dentro dele. Num gesto furtivo, tentou alcançar o celular para chamar a polícia.

Mas o gesto não passou despercebido. Os
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