— Depois eu dou um jeito nisso. — Murmurou Letícia.
Renato não respondeu. À tarde, os dois ainda passaram para comprar algumas coisas, e assim se encerrou aquele dia que, para ela, parecia mais uma quase saída a dois do que um encontro de verdade.
Quando o entardecer chegou, Renato a deixou em casa.
Eduardo, que saía do escritório naquele momento, notou a irmã entrando com uma sacola nas mãos e lançou uma piadinha:
— O Renato que te deu isso?
Letícia puxou um sorriso torto e respondeu com desdém:
— Ha… Imagina! Foi só um brinde do restaurante.
— Brinde? Então por que trouxe até em casa? — Retrucou o irmão, arqueando a sobrancelha.
Letícia baixou os olhos para a sacola e pensou, incomodada:
“Pois é… Por que eu trouxe? Devia ter jogado direto no lixo.”
Soltou um suspiro cansado e subiu para o quarto, carregando o peso do dia junto com a sacola.
Eduardo ficou parado, observando a irmã cabisbaixa, e concluiu que o dia não tinha sido nada do que ela esperava. Desde cedo, tinha se arrumado t