Havia algo de complexo, indecifrável... E também um quê de perigo latente no ar.
Gabriel, que ainda estava fervendo por dentro depois de tudo com Eduardo, mas não tivera a chance de extravasar, foi escoltado à força pelos seguranças de volta ao Grupo Pereira. Agora, andava pelos corredores como um barril de pólvora ambulante, quem ousasse se aproximar podia ser o próximo a explodir.
E como se o destino tivesse decidido testar sua paciência... Justo nesse momento, alguém apareceu para se sacrificar.
As portas do elevador exclusivo se abriram.
Gabriel saiu com o rosto fechado. Uma nuvem escura praticamente envolvia seu corpo inteiro, como se estivesse a segundos de perder o controle.
Rafael o seguia logo atrás, em passos tímidos, quase sem fazer barulho, mantendo uma distância segura de mais de um metro.
— Irmão, já terminou o expediente? O papai reservou um restaurante pra jantarmos em família... — Disse uma voz masculina ao lado, desconhecida para Rafael, mas carregada de gentileza e b