Diante da ordem do Sr. Eduardo, Beatriz virou-se lentamente, como uma lesma, sem nem ao menos levantar os olhos para encará-lo. Em silêncio, pegou o celular da bolsa.
Desbloqueou a tela, abriu o aplicativo de rede social, clicou em “Escaneamento de QR” e apontou a câmera.
Na tela, apareceu o perfil do contato, acompanhado do olhar fulminante de alguém que parecia prestes a devorá-la.
Ela esticou o dedo indicador, hesitou por um segundo… E então clicou.
Sobre a mesa, o celular do homem emitiu uma notificação. Um pedido de amizade havia chegado. Eduardo abaixou os olhos e deu uma olhada rápida.
— E o número de telefone. — Acrescentou ele.
Beatriz levantou o rosto, ainda um pouco hesitante. O homem olhou diretamente para ela e disse:
— Eu disse pra salvar. Sete, nove, quatro…
Ela mal teve tempo de responder. Ele já começou a ditar os números diretamente.
Beatriz, apressada, abriu a agenda de contatos e começou a digitar o mais rápido que pôde.
Assim que Eduardo terminou de falar, Beatriz