— Sim. — Respondeu Beatriz, e logo completou: — Mas você mesma não disse que ele só estava inventando? Tentando dar a entender que foi você quem o convidou?
— Sim, eu pensei isso na hora. — Concordou Letícia. — Mas aí... Agora há pouco me ocorreu uma coisa.
— O que? — Beatriz aguardou.
— O Leonardo não falou que, no almoço, também estaria o meu irmão? Pois então... — Letícia falou com lentidão proposital, como se estivesse montando uma armadilha.
Beatriz entendeu na hora pra onde Letícia queria levar aquilo.
— Para! — Interrompeu Beatriz, seca.
— Era só um almoço entre eles. Não tem nada a ver comigo. — Disse, tentando manter o tom firme.
Letícia sorriu com malícia. A voz assumiu um tom brincalhão e provocador:
— Quer apostar, Bia?
— Não tem o que apostar. — Retrucou Beatriz, sem hesitar.
— Tá bom, tá bom... Para de fugir. Você não tem que ir trabalhar? Já deu por hoje, né? — Completou Beatriz, mudando de assunto e querendo encerrar logo a conversa.
— A empresa é da minha família, amor