A porta do lado direito, que já não tinha sido bem fechada, foi puxada com força por alguém do lado de fora.
— Sr. Gabriel, por favor, desça do carro. — Disse o segurança, firme.
Gabriel o encarou com raiva evidente, as feições duras.
O homem insistiu:
— Se não descer por bem, vamos ter que tirá-lo à força.
Gabriel permaneceu em silêncio, como se em protesto mudo.
Seus olhos analisavam o entorno, contando os passos, avaliando as brechas, imaginando um novo plano de fuga assim que tocasse o chão.
Mas o destino não estava do seu lado.
Outro segurança se aproximou, com o celular na mão. Ligação em viva-voz.
Do outro lado da linha, uma voz ressoou como trovão:
— GABRIEL!! VOLTA IMEDIATAMENTE!!
A fúria de Sr. Henrique preencheu o táxi inteiro.
A potência do grito quase estourava os tímpanos.
— Vô... Eu não vou voltar. A Beatriz tá machucada, eu preciso vê-la! — Retrucou Gabriel, sem hesitar.
— A Bia machucada não é problema seu! Eu mesmo vou mandar alguém cuidar disso! Agora SOME DE PERTO D