— Claro que vou fazer uma boa ação e avisar a moça lá dentro, né. — Disse Eduardo, com um sorriso cheio de segundas intenções.
Letícia já ia retrucar, mas, ao ver o sorriso suspeito no rosto do irmão, franziu os olhos, desconfiada, e resolveu segui-lo.
Na sala de interrogatório.
Vitória já não chorava, mas ainda fungava seco. A maquiagem escorrida no rosto a deixava irreconhecível, estava um desastre.
Mas ela nem ligava mais para a aparência. Só conseguia pensar em duas coisas: de onde tiraria cinco milhões... E como sobreviveria a quinze dias presa.
— Ei, o Gabriel resolveu pagar por você. Não precisa mais se preocupar com o dinheiro. — Disse Eduardo, entrando com a notícia.
Vitória ficou paralisada. Primeiro surpresa, depois completamente incrédula. Seus olhos se arregalaram.
— Como assim... Mas ele não tinha... — Murmurou, sem entender.
— Depois que saí daqui, ele me ligou de novo. Se arrependeu. No fundo, não conseguiu deixar você na mão. — Interrompeu Eduardo, mudando o tom para a