Enquanto pensava nisso com um riso de desprezo nos lábios, Letícia viu alguém correndo ao longe. Apertou os olhos... E claro, quem mais seria, senão Gabriel?
Instintivamente, ela se moveu para o lado. Não que tivesse medo da família Pereira, mas levar um soco ainda doía, né? E o irmão dela ainda não tinha chegado.
Quanto mais ele se aproximava, mais Letícia se afastava. Se colocou dois metros de distância, já se preparando para o confronto. Achava que ele vinha direto pra cima dela.
Mas não. Gabriel passou direto.
Letícia arregalou os olhos.
— Como é que é?
Virou-se, confusa, e viu Gabriel parando ao lado da Ferrari vermelha. Ele se abaixou, deu uns toques no vidro e começou a chamar:
— Beatriz! Beatriz, abre a porta!
— Pelo amor de Deus... — Letícia levou a mão à testa. — Ei! A Bia não tá aqui, não! Você tá maluco? — Gritou ela, sinceramente preocupada com o estado mental dele.
Gabriel olhou dentro do carro — o banco do passageiro estava realmente vazio. Depois virou-se, e os olhos se