— Enquanto papai e mamãe não desistirem dessa ideia de casamento arranjado, eu não volto pra casa. — Completou, com firmeza na voz.
Do outro lado, Eduardo ainda falou alguma coisa, mas Letícia franziu levemente a testa, abaixando o tom:
— Mesmo assim, também não volto. Minha amiga tá passando por um momento difícil e eu preciso estar com ela. Tá bom, chega. Vou desligar. Vai viver sua vida, se apaixona por alguém, para de tentar controlar a minha! Beijo, tchau!
E, sem dar tempo pra resposta, encerrou a chamada.
Do outro lado da linha, Eduardo ficou olhando para a tela do celular.
Levantou-se devagar, pegou o paletó no encosto da cadeira e chamou o motorista. Ia até o Le Park Residence.
No restaurante, Letícia pegou sua bolsa e virou-se para Beatriz com um sorriso decidido:
— Vamos. Hora de voltar pra casa.
Beatriz deixou-se conduzir, com o braço entrelaçado ao da amiga, enquanto dizia:
— Eu estou bem, viu? O Gabriel não sabe onde eu estou morando. Acho que seu irmão só ficou preocupado