Rafael olhou para o rosto aparentemente calmo de Gabriel e comentou, em tom cauteloso:
— O senhor não parece tão bêbado assim… Ainda lembra quem eu sou, né?
“No fim das contas, queria ligar pra Beatriz… E acabou ligando pra mim.”
— Ele bebeu demais, sim. — Enfatizou Vitória, apressada. — Se não tivesse, não estaria sentado na calçada desse jeito, todo perdido.
Rafael a encarou por alguns segundos. Sabia exatamente como aquela história terminaria se deixasse Gabriel sair dali com ela: caos, escândalo e arrependimento.
Por isso, com firmeza, declarou:
— O Sr. Gabriel está bem. Tá sóbrio. E tem duas reuniões internacionais marcadas pra essa tarde. Ele não pode faltar.
Vitória, já com a boca aberta para sugerir que as reuniões fossem adiadas, foi rapidamente interrompida:
— São projetos de bilhões. Se atrasar... Quem assume a responsabilidade? Você acha que pode lidar com isso?
Vitória engoliu seco.
Bilhões...
Se Gabriel descobrisse depois que ela tentou impedi-lo de ir, estaria ferrada. E