Gabriel tentou se convencer de que estava tudo certo... E então começou a devorar a comida. Na primeira garfada, o bife grelhado quase o fez desmaiar de prazer. O sabor era tão bom que uma onda de satisfação tomou conta dele, felicidade pura em forma de refeição.
Ao lado, dava para ouvir claramente a velocidade com que ele comia aumentando. Se alguém passasse por ali, juraria que tinha um porco faminto se empanturrando.
Beatriz lançou um olhar de canto, o rosto carregado de desprezo, impossível esconder.
O que antes tinha sido paixão, agora era puro nojo. Ela só estava ali porque, por enquanto, não tinha outro lugar pra ir. Engolia o orgulho como engolia saliva.
Três pratos, uma tigela de arroz e uma sopa. Em apenas dez minutos, Gabriel não deixou sobrar nada nem um grãozinho de arroz.
Satisfeito, limpou a boca e as mãos com um lenço umedecido. Beatriz, calada, já tinha se aproximado para recolher os potes. Virou-se e saiu com a mesma frieza com que entrou. Sem hesitar nem por um segun