— Com licença, senhorita... Posso perguntar qual é a sua relação com o Sr. Gabriel? — A recepcionista perguntou em voz baixa.
— Babá dele. — Respondeu Beatriz, com total indiferença.
A recepcionista ficou sem reação.
“Ué... Uma babá tão jovem assim? Se fosse mesmo, por que o Rafael tinha falado daquele jeito?”
Nem teve tempo de perguntar mais nada. O elevador se abriu, e Beatriz subiu direto.
Quando a porta se abriu no último andar, Rafael já estava esperando por ela. Pegou a marmita das mãos dela com cuidado e falou em tom gentil:
— Dona Beatriz, eu estava justamente indo descer... Mas... Olha, se precisar de qualquer coisa, é só chamar, de verdade.
Beatriz sabia que ele era um bom rapaz. Sorriu de leve e respondeu:
— Pode levar isso para ele. Eu já estou indo.
— A senhora não vai entrar? — Rafael perguntou, surpreso.
— Não quero ver aquela cara fechada. — Respondeu Beatriz, fria.
Rafael pensou, “essa descrição foi bem precisa, na verdade.”
Beatriz apertou o botão do elevador, pronta