— Foi você quem esbarrou a faca nela naquela hora. Eu vi com meus próprios olhos. — Gabriel disse, tentando se justificar.
— Ah, é? E ela se machucou? — Beatriz rebateu, fria e afiada.
Gabriel ficou em silêncio.
O tal ferimento da Vi… Não passava de uma marquinha menor que um arranhão de unha. Nem curativo precisava.
— Você me acusa de manipular a situação… Mas, no fundo, é você quem distorce tudo. — Beatriz continuou, o sarcasmo escorrendo em cada palavra, enquanto observava o silêncio dele.
Ela respirou fundo e prosseguiu, cada frase cortante como uma lâmina:
— E agora fica me perguntando se eu voltei pra casa ontem. Por quê? Tá com medo que eu tenha te flagrado se divertindo com aquela mulher? Traição dentro do casamento… E você ainda age como se tivesse razão?
Ao ouvir isso, Gabriel enrijeceu, a coluna reta como um soldado em posição de sentido.
— Eu não traí! — Retrucou, quase gritando.
— Não? E essa marca no seu pescoço, foi o quê? Mordida de cachorro? — Ela rebateu, o olhar chei