A tarde caía suave sobre a cidade, o sol filtrado pelas nuvens de maio. Isabella caminhava pelo shopping, os tênis batendo no chão polido, a bolsa balançando no ombro. A conversa com Romeu pela manhã ainda pesava, a frieza dele cortando como uma faca. Ela precisava de ar, de perspectiva, de Bia.
A cafeteria no segundo andar, com suas mesinhas de madeira e o cheiro de espresso, era o refúgio perfeito. Bia já estava lá, mexendo no celular, uma xícara de cappuccino fumegante à sua frente.
— Finalmente, sua sumida! — Bia exclamou, jogando o cabelo cacheado para trás e apontando o dedo. — Nenhum sinal, nenhuma mensagem, nada! Passei dias imaginando você sequestrada por mafiosos ou perdida numa mansão cheia de segredos.